quinta-feira, 12 de abril de 2012

O canto do libertador



Que sacanagem!..eu depender de você.
Não quero me acostumar,
feito estátua esperando você representar
minha alma, meu poder.
E o que eu devia
ter feito a um mês..

Pare de inventar!
Pare de limitar!
Não existe brilho numa estrela que morreu,
só um reflexo viajando...

Hahaha...

Não sou cardíaco,
mesmo assim meu peito aperta.
Não me prometa mais,
falsas mágicas baratas
que só funcionam bem
no fictício mundo. Amor,
vou te pedir também
que me honres, por favor.

Pare de inventar!
Pare de limitar!
Não existe brilho numa estrela que morreu.

Vai com tuas pernas..ruma o norte..
pega o que é teu!

sexta-feira, 16 de março de 2012

IRMÃO

Fazia tempo que não aparecia pra escrever aqui, mas agora, que um verdadeiro irmão deixou nosso convívio terreno achei que precisava expressar o que senti acerca de tudo isso. Depois de uma cansativa viagem, que pra mim tinha o objetivo de me despedir, percebi que ele não estava lá, apenas uma sombra, tão inanimada quanto uma porta, mas em seguida vislumbrei que não fora sem sentido, precisava dar força pra família e amigos que sofriam demais com a situação, e que eram importantes pra ele, dai percebi que teve muito sentido e significado pra ele. Escolhi essa foto que retrata muito dos nossos momentos juntos, graças a Deus sem o cigarro pra ele no final. "Não importava o que eu tinha feito, eu procurava sempre o vício perfeito" - Sobre cafés e cigarros(Andrade e Ribeiro)
Fiz uma música enquanto ele estava na UTI, que depois postarei aqui, é meio mentirosa por que a minha fé na recuperação dele era cega, e isso é retratado na letra, mas o sentimento que a música passa é dos melhores, fé, esperança. Mas meu amigo só estava ali pra se preparar pra uma viagem que sempre rodeou nossas conversas pela madrugada, depois de cervejas estupidamente geladas o alcool tomava conta de nossa corrente sanguínea surgindo como soro da verdade para as mais obscuras e estranhas reflexões da alma.
Agora eu venho aqui deixar a letra de uma música que escrevi ontem a noite, lembrando do meu irmão, ele fala na primeira parte e depois eu respondo, ainda estou em dúvida sobre o nome "Te vejo no paraíso", mas por enquanto, esse é o meu desabafo.

L&M
Andando por verdes e brilhantes flores
eu vi uma luz, e me juntei a ela.
Todos choraram de inveja, pois eu já estava aqui
no ápice da ponte da felicidade.

E até que não foi bom pra vocês
mas entendam que eu precisava vir
Já é tarde pra mim
Me desculpem se foi rápido, eu sei
mas viajar é necessário pra mim
Vejo todos em breve um pouco longe daqui.

Naquela tarde escura a minha razão se esvaiu e sumiu
Pensava que aquilo era o fim de mais uma canção,
a ultima delas, mais triste, escrota
e de cara no chão
percebi que estava errado, em conflito
pois você nunca morreu, meu amigo
Acima do céu se vê..
a estrela mais brilhante que achei
me mostrava o que precisava ouvir
um dia eu quero te ver e sorrir
Lucas Ribeiro

PS: A última frase foi tirada da música A.C gravada pela Lenda S.A de autoria de Danyllo Andrade.
PS 2: Fica com Deus, te vejo no céu.

domingo, 26 de outubro de 2008

"AGORA FUDEU"

Venho aqui expressar vorazmente a minha indignação e descontentamento, não com a política, não com os corruptos, não com os políticos incompetentes, mas com o povo. Estava na varanda da minha casa fumando um cigarro e decidindo o que ia fazer a noite, quando vejo um caminhão de som passando-diga-se de passagem, em um volume absurdo- tocando a música de campanha do candidato a prefeito de São Luís-MA, João Castelo do PSDB(maldita extrema direita{não que eu seja comunista, esquerdista, longe disso, mas tudo que é extremo tem seus defeitos}). No momento fingi que não acreditava, mas no fundo, e um pouco no raso, já sabia o que havia acontecido. A poucos minutos atrás, me sentei na televisão, sintonizei a rede tv e ouvi a triste notícia de que João Castelo estava com 55% dos votos válidos e Flávio Dino, do PC do B, tinha 44% dos votos, com quase a totalidade das urnas apuradas.

A minha indigação é com um povinho burro, que tem preguiça de pensar, preguiça de ir atrás da história de governo de cada um, de ir atrás das mazelas, e analisar as propostas. Simplesmente as pessoas ficam coma bunda no sofá, assistindo "A favorita" e mudando de canal na hora da programação política, exceto no dia dos vereadores, quando podem dar umas risadas e decidir em quem  vão votar "só pra sacanear"(sacanear a vida deles também, quando não pensam que a sacanagem vai se refletir nas leis municipais). "Zé do chiclete ou padeiro? Deixa eu ver qual vai ser mais engraçado contar pros meus amigos que eu votei, e depois me fuder por quatro anos, indignado com o governo de bosta que EU ajudei a eleger "só pra sacanear"". O critério de votação hoje em dia é, no geral, todas as pessoas que vão ser beneficiadas pelo dito político, mais seus familiares e amigos, e os idiotas que ele conssegue enganar e que não tem o mínimo de interesse em investigar o cidadão que o representará, e o qual ficará a cargo de manejar a fortuna, paga em impostos, que deixa os cofres públicos sempre tão pomposos(pelo menos no papel). O esquema político de divisão de tempo de televisão é totalmente errado, na minha opinião. Deveria haver empresa única para gravar, com mesma qualidade, todas as propagandas, de tempo igual, afinal, o PSTU é meio extremista para mim, mas por outro lado, o que mais eles podem falar em uma propagando eleitoral gratuita de 1 minuto? E por fim, nada de propaganda marqueteira, afinal, isso não é nenhum tênis que se vende, além da perda de candidatura no exato instante de qualquer manifestação pessoal contra alguém, até uma simples alusão. Mas deixemos um pouco a utopia de lado, vou parar de dar uma de Kark Marx agora e dar uma de sociólogo analista político:

Acabamos de eleger como representante da nossa cidade um velhinho, pelo fato de ele ser simpático, educado, e cordial. Vai ser simpático com todo mundo dentro da prefeitura. Parabéns São Luís. Acabamos de eleger como representante o cara que foi humilhado, eu disse HUMILHADO no debate promovido na sexta-feira antes da eleição pela TV Mirante. O candidato Flávio Dino, completamente capacitado, lider nato, ex juíz federal, no qual foi admitido em primeiro lugar no Brasil, na primeira eleição elege-se deputado federal, no primeiro mandato tem o título de quarto deputado mais atuante do Brasil dentre 531 deles, nenhum processo ou trambicagem em sua história, mostrou-se incrivelmente preparado na hora do debate, respondendo cada pergunta com fundamento e explicando detalhadamente como realizar cada ato ali discorrido, abrangendo sempre um todo, e nunca apenas uma área singular, enquanto o canditado João Castelo gaguejava o tempo todo, se mostrava PATETICAMENTE nervoso, e em algumas perguntas simplemente enrrolava e praticamente repetia a interrogativa feita por seu concorrente. Estava claro ser um cidadão totalmente despreparado. Mas a população não viu isso...opa, esqueci, ninguém assiste debate político. Ainda mais numa sexta-feira a noite. No veneto bar, onde costumo frequentar, com meus colegas, tentei, com frustração, do mesmo modo que "1" pobre coitado em uma mesa, escutar o debate pela televisão do bar, impedido pelo alto volume do som, que estava agradando o resto das 100 pessoas que deviam estar por ali. Ainda bem que tive a sorte de ir até a casa de um amigo, na rua ao lado. Mas de que adiantou, se o resto dos cidadãos ficaram jogando sinuca e bebendo cerveja, e já haviam decidido em quêm votar, pois o pai tinha pedido, em face do emprego que consseguiria? Acabamos de eleger como nosso representante um sujeito que insinuou em entrevista desprezo pelos homossexuais(um velho quadrado, melhor dito dessa forma). Acabamos de eleger como nosso representando, nos dias atuais, século 21, um camarada vinculado à ditadura militar, e que somente foi eleito pelo fato de ter sido um ato imposto pelos poderosos em dada época, e além de tudo mandou "descer o cacete" em vários estudante, numa manifestação pacífica no centro da capital, em 1979, deixando centenas de feridos, inclusive pessoas conhecidas hoje em dia, grande parte delas guardando sequelas, até os dias atuais, tanto física quanto emocionais, episódio que, quando insinuado no debate político de sexta passada não foi nem cogitado a ser rebatido, ao contrário de toda e qualquer outra ofensa dirigida a si pelo adversário.   (Candidato Flávio Dino - "O senhor me chama de arrogante, seu Castelo, mas é o senhor que está aí dizendo que ainda sou novo, que ainda preciso aprender, que o senhor é o experiente, é o melhor por isso, quêm está sendo arrogante aqui seu Castelo? Parece que o senhor ainda tem algum problema com a juventude não é seu Castelo?" - Na tréplica a insinuação não foi rebatida, ao passo que todas as anteriores, de cunha mais leve, era efusivamente revidadas com ar de indignação. Por quê a não indignação com algo parecido com isso? Vai saber.) Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que "durante a sua  gestão como presidente do Porto do Itaqui, o Governo Federal liberou 227 milhões do PAC para obras que João Castelo não executou, SABOTANDO o presidente LULA e deixando de empregar milhares de trabalhadores."* Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que "em sua carreira parlamentar, ocupa o 1° lugar do ranking entre os deputados com a maior quantidade de processos."* Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que " votou contra a proposta do FIM DO NEPOTISMO; João Castelo é a favor do empreguismo de parentes e mantêm, atualmente,
familiares em cargos comissionados pagos com o dinheiro do povo."* Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que "segundo o DIAP, 'apesar de extenso currículo; a atuação  como Deputado Federal tem pouco destaque', ou seja,
enquanto parlamentar João Castelo se demonstra inútil na elaboração de leis que beneficiem o povo de São Luis e do Maranhão como um todo."* Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que  "como Deputado Federal, sempre votou contra os direitos dos trabalhadores. Votou a favor de diminuir o prazo para reclamação legal dos direitos dos trabalhadores rurais e restringiu o acesso do trabalhador à justiça do trabalho, obrigando a conciliação direto na empresa."*(coisa que Flávio Dino era totalmente o oposto, pois como exelente aluno e lider na universidde federal do Maranhão, não procurou defender grandes coorporações e ficar rico, e sim defender causas trabalhistas e inclusive conquistando várias vitórias para sindicatos. Além disso tinha projetos{apontados no debate que ninguém viu} de insentivo PRIMORDIAL ao trabalhador do campo, à agricultura, ao setor primário da economia que é de suma importância e essencial a todos os outros). Acabamos de eleger como nosso representante um cidadão que "é o candidato de FHC, Alckmin, da turma toda do PSDB e DEM que vota contra o governo Lula e chama o bolsa família de bolsa miséria. Nunca esteve ao lado do presidente Lula, em 89 ajudou Fernando Collor a se eleger presidente do Brasil."*(esta citação em especial eu meio que concordo, mas como bolsa ESMOLA, não bolsa miséria, ao passo que penso ser necessária a qualificação da pessoa, dando condições desta arrumar, por si só, um emprego decente e sustentar a sua família. Mas por outro lado, há um padoxo, quando, segundo um professor de sociologia que tive no primeiro período de faculdade, de que adianta dar a condição pra pessoa ter o emprego, qualificar-se, especializar-se, se ela está "na merda", não tem nem o que comer. Primeiramente haveria a necessidade de dar o básico, que a pessoa não tem, e aí então, estabilizada a condição primária para se viver desta pessoa,  prepara-la para o mercado. Eu acredito que no Brasil isso não funcione, visto que, quêm tem um benefício, tipo o bolsa escola, se acomoda, e tira férias, só fazendo esforço na hora de fazer cada vez mais filhos, pois quanto mais filhos, mais "insentivo" do governo, e ajudando no drástico aumento da população pobre e sem condições, que dará despesas maiores para o governo e às vezes{por falta da devida atenção pelos pais, coelhos fazedores de filhos} acaba por ingressar no mundo do crime, dificultando outro ponto de problemática ímpar do nosso país. Mas na teoria meu professor estava certo...na teoria.)  Acabamos de eleger como nosso  representante um cidadão que tinha na música principal da campanha a frase "AGORA VAI". Sendo que ele ja integrou, de diversas formas, o governo, tanto na área parlamentar, e até como governador, então, me responda uma coisa,  senhor João Castelo: Por quê que até agora não foi? O que me faz acreditar que "agora vai"? O fato do som estourando na rua ser contra a lei,  em um estado onde existe lei estadual regulando o limite de som, tanto de dia como de noite, até mesmo em áreas industriais não vem ao caso, ao passo que tenho certeza que Flávio Dino, ou qualquer outro fariam o mesmo, começando a candidatura já infringindo a lei. Tomara que eu esteja errado, e se tiver vou assumir meu erro com imensa felicidade, pois o meu erro de previsão, de julgamento, me interessa,agora,como cidadão dessa cidade. Só o que posso dizer  é que, as pessoas estão agora nas ruas cantando bem alto "agora vai", mas deveriam - e se ainda não estão, daqui a alguns meses estarão - cantando todos juntos, inclusive eu, em um  sonoro côro de arrependimento: "AGORA FUDEU".

*Fragmentos de texto retirados do e-mail "10 motivos para NÃO VOTAR EM JOÃO CASTELO", em circulação pela rede.

OBS: Já faz mais ou menos um dia que escrevi este artigo, algumas horas antes na verdade...bem, não  importa. O que queria era agradecer aos 20% de ludovissenses que não compareceram às urnas (não estou falando de votos brancos ou nulos, e sim  de ausência). Muito obrigado povo de São Luís, que geralmente são os mais "reclamões". Lembrem-se, daqui a algum tempo antes de reclamar que você faltou às eleições, e que com o seu pensamento de "sou apenas eu, é um voto só, não vai fazer diferença" foram mais outro tanto da população, totalizando pouco mais de 20%. Lembre-se de que vocês teriam feito a diferença, e não se sintam no direito de reclamar. Obrigado!


 

sábado, 11 de outubro de 2008

A.C

Pra quêm tiver olhado aquele videozinho dagente ali embaixo e não tiver entendido nada da letra por causa da qualidade da gravação aí vai. É bem simples, mas é profunda. Hehehehehehe...

A.C

Meu amor que saudade do teu beijo, do teu cheiro, teu abraço

eu não sei mais o que faço

Dessa vez tudo acabou

Talvez eu vá me acostumar

REFRÃO

Um dia eu quero te ver e sorrir

por que hoje não dá...hoje não dá

Espero que encontre alguém

que possa te passar confiança

Tudo bem acabou, não precisa me dizer

eu vou embora por que já entendi

que o nosso sol já se pôs

e depois, eu vejo mortos no escuro

                                  Danilo Andrade

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Covardia



"Felicidade"...palavra antiga, por muitos conceituada, mas que vê seu conceito pura e simplesmente aflorado dentro de cada pessoa. É algo irreal, imaterial, não se explica. Ninguém pode conceituar felicidade, é um sentimento, você só pode diagnosticar que está feliz, e não caucular isso por meio de fatos. A felicidade não é coisa do mundo racional, do mundo dos fatos, do verso...vai mais além, pertence ao uno, ao cosmo, à realidade, à verdade, e não tentemos caucular a verdade por facticidades tolas desse mundinho imaginário que se manifesta aos nossos olhos. Bem, me empolguém lendo filosofias derivadas da metafísica e da mística. Viagens a parte, não preciso dizer que a felicidade não é algo que se compra com dinheiro, acho que todos devem saber disso. Então alguém me explica por favor, porquê diabos as pessoas continuam se enfiando em ocupações totalmente inconvenientes ao espírito natural que carregou durante toda infância e adolescencia? Porquê vários jovens de 18, 19 anos prestam vestibular para medicina a fim de satisfazer o ego imbecil de seus responsáveis, o tornando um péssimo médico, infeliz com sua vida, mal remunerado, trabalhando em plantões de hospitais públicos, dormindo 2 horas por dia, viciado em remédios, de fácil acesso, e estragando a vida de milhares de pessoas que passem pelas mãos dele e necessitem de um bom atendimento urgentemente, enquanto ele poderia ser um pintor, fazendo belíssimos quadros, feliz com sua vida, dando aulas na faculdade e passando para outros jovens o seu amor pela arte, e no fim de tudo contando histórias para seus netos de como a vida valeu a pena? Quer dizer, o capitalismo é sim o regime que mais funciona para o "homem" e sua gana natural por mais. A prova viva disso é Silvio Santos, um camelozinho de rua, que vendia canetas com a tática impecável de: "atenção, é a última em, está acabando, aproveite e compre log a sua enquanto está barato", mas que, apesar de boa nunca imaginaríamos o levar até onde o levou: jogar aviôezinhos de 50 e 100 reais para as pessoas. Imaginem só, ele deve assoar o nariz com notas de 20, as mesmas que eu uso no dia-a-dia dando o maior valor. Outro exemplo é o meu velho, que nem terminou o colegial, e hoje tem um firma de representação que trabalha com uma das maiores fábricas de móveis do mundo, e a maior do Brasil. Mas essas pessoas GOSTAM de dinheiro, quer dizer, quêm não gosta? Aliás, você ia se sentir muito bem se pudesse comprar tudo o que vê de legal nas vitrines dos shoppings sem se preocupar com o dinheiro não é? Isso depende muito, da procedência desse dinheiro. No caso de ele advir de uma ocupação que tome a maior parte do seu tempo e pela qual você tenha verdadeira antipatia as compras funcionarão como um meio de diminuir a frustração e raiva que a pessoa sente, apenas isso. Portanto de que adianta você fazer uma faculdade de engenharia(algumas pessoas, como eu, dão sorte de achar o curso interessante, mas se ver trabalhando dentro da área complica um pouco as coisas, quando se quer mais do que tudo fazer algo oposto), só por que seus pais disseram a alguns anos que como professor de educação física você não ia ganhar dinheiro, e não ia ser feliz. Quêm garante, que aquele cara que passa a manhã praticando esportes e malhando, almoça com o pouco dinheiro que tem, a tarde terina o time de fitebol de cegos, a noite dá aulas em uma faculdade, sábado de manhã treina uma mulecada de natação, por um projeto social(sem receber um centavo), e domingo vai bater bola com a galera na praia, e tomar um choppinho(afinal, ninguém e de ferro), não é feliz pra caralho, com a numeração mínima, de 3 dígitos que acompanha a telinha do caixa-eletrônico toda vez que este vai olhar o saldo da conta bancária? Eu garanto a todos que um engenheiro, que odeia o emprego, trabalha 10 horas por dia nisso, na firma da família, que aliás, rende bons frutos, tendo carro do ano, casa de dois andares em bairro nobre, e todo dinheiro que nunca via poder gastar, é tão infeliz quanto uma tartaruga de 11 anos que vive em uma pequena bacia, desde sempre. E um músico, que toca todas as noite em barzinho, nunca teve a sorte de estourar em uma gravadora, e dá aulas na escola de música e na universidade federal do maranhão, andando todos os dias de ônibus, às vezes a pé, às vezes de bicicleta velha, e ganhando o sufucuente para ter um aprto no primeiro andar no bairro do bequimão, tendo seu violãozinho, uma gatinha que vai sempre nauqle barzinho e sorri quando ele termina o seu show(um dia, pensa ele sorrindo, um dia), toda grana regrada, mas a felicidade imperando, pois faz da vida, o que AMA realmente fazer, e vive disso. 

Às vezes me acho um pouco covarde. Afinal, tentar viver de música sim eu tendo, mas em primeiro plano tem que estar a faculdade que "escolheram" pra mim. Na verdade foi mais um incentivo, a escolha foi feita por mim próprio. Realmente eu gosto do curso, gosto mesmo, acho interesantíssimo, e até me divirto estudadno às vezes, mas o que me deixaria mais feliz nesse mundo, seria viver de música. Talvez eu tenha escolhido por livre e espontânea vontade por conta de afirmações do tipo "felicidade fazendo o que quer? vai ver felicidade é quando não tiver dinheiro pra fazer alguma coisa que quer muito, aí você vai ver a felicidade estar em faze ro que quer...Você tem é que ganhar dinheiro, pra fazer o que você quizer sem se preocupar"(não faz muito sentido, é bastante paradoxal, o fato de você usar a maior parte do seu tempo, fazendo o que não quer, para ter meio de fazer o que quer). O fato é que a vida passa e agente nem vê. Outro dia eu estava jogando bola com o braço quebrado(conssequência de brincadeiras de criança) na escola no meio da festinha de aniversário da minha irmã menor, e hoje estou aqui, cursando mais da metade de um curso que, é interessante, mas não sei se é o que quero pra mim. Às vezes me acho um pouco covarde...e hipócrita também, pregando algo que não faço. É mais questão de coragem, por isso a parte da covardia. Acho que não tenho coragem de me enfiar em uma totalmente sem apoio. Como dito anteriormente, o capitalismo é sim o melhor regime existente, pois permite que pessoas saiam de suas classes sociais, por mais baixas que sejam, e erijam-se até ao posto mais alto da sociedade. O sistema é correto, na aplicação econômica, não na educação. A educação deveria ser de livre e espontânea escolha, com todo o apoio, independente de que escolha seja esta(exceto vagabundo, bêbado, ou afins). Aliás...dinheiro é conssequência de quando se faz algo bem, e só se faz algo bem, BEM de verdade, quando se gosta de coração daquilo que se está fazendo. Às vezes me acho um pouco covarde, hipócrota...e um pouquinho invejoso, com aqueles que tem a coragem que eu não tenho. Não de estar no lugar dessas pessoas, em hipótese alguma, mas somente de ter a coragem que elas tem...só isso, só a coragem. Se isso fosse emprestável...É, agora eu tenho que ir, gurdar meu violão que tá aqui do meu lado direito e pegar o livro pra estudar, qfinal, é semana de provas. Qualquer dia eu encho o saco e jogo toda essa porra pro ar.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

£enda S.A



Bem, vamos falar sobre as coisas legais em se ter uma banda. Devem estar imaginando aí: "Ser famoso(é, ainda não conheço esse artista que não sinta falta de tomar um chop com um brother na praia, em pleno domingão, cheio de gente em volta), pegar geral quando sai do palco, pq foi o grande astro da noite(quêm não conhece nenhum herói da música brasileira que tenha morrido de aids? Onde eles pegaram? Nem os próprios fazem idéia), ser aclamado pela multidão(é daí que se começa a ser otário com os próprios amigos), usar drogas e ficar chapado e bêbado o dia inteiro e ter uma justificativa pra isso-este é o meu trabalho, sou um astro do rock(John Bohan, Lenny Stanley, Kurt Cobain, Janis Joplin, Jimmy Hendrix...e por aí vai. Quêm não sente falta?), etc." Pow, então pra que diabos serve você ter uma banda? Ahh, é aqui que eu entro. Alguém lembra de um tal de John Lennon? Pois é...esse cidadão gostava de fazer um som com os amigos, adorava ver o público delirar, mas em 1969 estava tão totalmente desmotivado com uma tal de guerra do Vietnan que cultivou um sentimento de total repúdio a esse conflito irracional. Como um bom músico exprimiu isso na música "merry xmas - war is over". Com que objetivo? Ser aclamado? Talvez. Pegar um monte de mulher? Não, ele estava feliz ao lado de sua japinha feinha, Yoko Ono, mas que devia ter alguma coisa que o deixava mais do que satisfeito. Ser famoso? Nessa hora a fama já devia encher o saco, mas ele a usaria como ferramenta pra fazer o que ele realmente queria: ALERTAR O MUNDO. E não só isso, precionar o governo para que desse fim àquela guerra inconsequente. No fim das contas, o que John Lennon queria com aquela música? Passar para quêm quizesse ouvir o que ele pensava, suas ideologias, sua maneira de ver o mundo. O legal de ter uma banda é isso...se eu achar que um cigarro é bom de vez enquando e eu travo uma batalha diária com ele, sendo que um dia eu vou perder, mas vou de peito aberto, eu escrevo sobre isso; se eu achar que a evolução humana não atingiu as nossas almas, e que continuamos os mesmos porcos de 1000 anos atrás eu transformo em música. Ter uma banda te abre a oportunidade de explicar pra um monte de gente o que você sente, quais seus anceios, e reivindicar o que você acha que tá errado nesse mundo. A responsabilidade é grande. Você é um psicólogo. As pessoas te ouvem, e mesmo que não seja aquilo o que você quiz passar, elas se identificam com alguma parte da sua música que coube perfeitamente em dado momento que ela passa, e fica melhor, pelo menos naquele tempo. Um cara tem dois caminhos a seguir. No maior dilema, ouve sua música enquanto sai cabisbaixo para um bar com o amigo de infância, e se identifica, ficando feliz e decidindo o que pode mudar sua vida, enchendo a cara com o amigo e acordando de ressaca no dia seguinte( é, tudo tem seu lado ruim). E você só precisa usar seu talento, fazer uma melodia bonita, ou empolgante, passar uma mensagem positiva-responsabilidade-e depois ser reconhecido, pois o reconhecimento é que te dá forças pra continuar esse trabalho. Nada de ser aclamado, glorificado, etc. O reconhecimento pode vir em forma de uma salva de palmas, uma pessoa que chega na sua mesa depois da apresentação pra dar os parabéns pelo trabalho, ou o próprio público, que, de preferência não ligando a mínima pra quêm seja aquele mané como pedaço de maneira ligado na caixa barulhenta batendo nas cordas de aço com um pedaço de plástico, piram ao ouvir aquele som, e agitam como se aquela fosse a última noite da história, sem pensar mais em nada, só curtindo. Aquilo dá forças pra um músico continuar o trabalho dele. O quê? Ouvir um som MEU...de minha autoria? Eu que bati nas cordas de um jeito diferente fiz esse barulho e coloquei um letra com minhas ideias e as pessoas gostaram? Vou fazer mais disso. Pra bons artistas...artistas de verdade, isso é o que importa. Pra esses poucos artistas que existem no mundo um público de 20 pessoas, no máximo, pirando no seu show equivale a um estádio lotado. A alegria é inigualável. Obrigado galera do Bar do Nelson, dia 18/07/2008. Vocês devolveram à £enda S.A a vontade de nunca parar de tocar.





£enda S.A- Bar do Nelson dia 18/07/2008- Jeremy da banda americana Pearl Jam, e A.C da £enda S.A



PS - A gravação de um show se faz ligando o gravador direto na mesa de som. Microfones de câmeras não servem, e muito menos de celulares, que é como foi gravado o respectivo vídeo. Então a imagem está péssima mas não tanto quanto o som que está todo estourado e abafado. Mesmo assim é o único registro, graças a meu grande amigo Poção.


terça-feira, 8 de julho de 2008

Outro lado de mim


MÚSICA:

Cinco horas da manhã, escuro

o tempo fecha, e só a luz que vai chegar
Conto as horas pra saber a hora


Quanta briga insiste a se alimentar



Quero ir para o outro lado de mim mesmo, ver meu sangue descansar
Quero ter flores e candelabros desaparecendo quando o sol chegar




Caminhando na penumbra, vão meus pés acelerando

vento devagar

Vou subir pra onde está surgindo um funeral descartável

vou descansar

Lucas Ribeiro Aparecido



SITUAÇÃO DE INSPIRAÇÃO:

Um cidadão cansado de uma noite de diversão com os amigos, que passara um pouco da conta, morrendo de sono, às cinco horas da manhã, com o céu clareando, esperando uma carona do pai de um amigo, mas também aguardando o término de uma briga de casal, envolvendo o referido amigo, afim de que este silicitasse a carona. A última estrofe diz respeito ao momento em que o cidadão chega na rua de casa, e fica emocionado com o fato, que embora parecesse bobo, na condição física em que estava, era uma glória.



CONSIDERAÇÕES:

Como se pode ver, a música retrata um ambiente sombrio e uma situação em que ocorre um velório ou algo do tipo. À primeira vista, qualquer um pensaria estar diante de uma letra de música gótica, mas se trata de uma música a qual eu compus pra minha banda, que toca um som meio derivado do grunge dos anos 90, algo entre o fim dos anos 60 e 70, e até do meio daquele, e algumas outras influencias, mas nada de macabro e de sacrifícios de animais em cima do palco. As lendas urbanas podem assemelhar-se a ela no ponto em que, ao ler a explicação, o fato que inspirou a criação da letra, percebe-se que de nada tem haver com o que foi literalmente passado, e expunha o simples fato de um garoto cansado, querendo ir pra casa mas não tendo meios para faze-lo. Porém, daí poderia surgir tranquilamente uma lenda urbana de uma seita secreca, algo haver com o horário(cinco horas da manhã), um significado cósmico, místico, de algo em que as pessoas deitariam para a morte para em seguida levantarem revigoradas, ou qualquer maluquisse dessas, e no fim das contas, o que deu origem a tudo foi um simples evento cotidiano.

Lendas são visões distorcidas da realidade, que contam a própria realidade de uma maneira nada sutil, nos fazendo acreditar no seu sentido literal por preguiça de analisar o significado implícito. Questão de pura hermenêutica. Interpretar, antes de captar e assimilar logo de início o que nos é passado é fundamental.